quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Entrevista ao programa da Câmara Municipal no dia 12 de novembro.

O MOMENTO É DE DEBATER IDEIAS E PROJETOS!
É a proposta do vereador Dr. Claudio Pereira


Em entrevista ao programa da Câmara Municipal, no dia 12 de novembro, para anunciar o 1º Simpósio de Capacitação e Formação Política, o vereador Dr. Claudio respondeu sobre alguns temas de interesse da população. O simpósio foi uma promoção da Câmara de Três Corações, com o objetivo de capacitar e formar pré-candidatos a vereador.
Educação
A secretária municipal de Educação, Marcia Tereza, tem feito um bom trabalho, mas temos que prestar atenção no nosso IDEB, o índice de desenvolvimento da educação básica, que é baixo. Nosso índice está por volta de 4.4 de média e o melhor é de 4.6, na escola Henriqueta Gomes. O índice do País é 5.4 e o mundial, 6.5.
É fundamental investir no ensino, investir no professor e no aumento de horas- aula, pois, hoje, no Brasil, os alunos estudam muito pouco no ensino fundamental, apenas cinco horas por dia.
Tomando como exemplo, vemos o caso da Coreia do Sul, que, em 1960, tinha um PIB igual ao do Sudão. O do Brasil era o dobro. Hoje, o PIB da Coréia é o dobro do nosso: 18 mil dólares contra nove mil dólares per capita. O fruto desse desenvolvimento é a educação básica. Os alunos da Coreia estudam 10 horas por dia e o professor, que, no meu entender, é a alma do aprendizado, ganha em média seis mil dólares, e a escola tem um grande envolvimento dos pais dos alunos. Nesses quarenta e poucos anos, o salto de desenvolvimento foi fantástico para um país pequeno, com quarenta e pouco milhões de habitantes e do tamanho do estado do Acre. Isso se deve fundamentalmente ao ensino básico.
Nossas crianças têm que estudar mais, a educação tem que ser prioridade máxima em qualquer governo. Não adianta investir em Universidades se a nossa formação não é boa, se os alunos não sabem ler, nem escrever. Precisamos capacitar nossos professores, racionalizar os recursos, para investir e melhorar os salários dos professores. Lógico que não é coisa para acontecer de um dia para o outro, mas nós temos que dar os primeiros passos para termos o ensino fundamental forte e preparado.

Dr. Cláudio, e a Agricultura?
Noventa por cento de nossas propriedades são de, no máximo, 100 hectares. Por isso, temos que investir muito na qualidade e no preparo dos pequenos agricultores. Acesso e boas estradas, hoje, são obrigação do município. O pessoal que mora na área rural quer é qualidade de vida, elas querem acesso à internet, melhores condições de trabalho e facilidades para escoar sua produção. Temos que desenvolver as potencialidades de cada região. Se lá no São Bentinho são verduras e hortaliças, o que pode ser lá nos Correias, lá nos Mafra, na Cobiça, no Japão, na Serrinha, no Taquaral, na estação de Cota, na estação de São Thomé? Temos que ver qual a potencialidade. A Prefeitura tem que dar condições e meios para que eles se desenvolvam. O pessoal da roça quer também um PSF – Programa de Saúde da Família itinerante, percorrendo o meio rural com médicos, dentistas, nutricionistas, psicólogos, assistente social. Isso tem que ter uma interação com a Universidade, porque aí vira um ambulatório escola. Isso tem que ser prioridade para a população da área rural. A medicina e a saúde têm que chegar até elas.
Então, não é só acesso, não. As pessoas do meio rural têm que ser tratadas com respeito e com dignidade.

E a saúde?
Esta semana eu recebi diversas queixas com relação à farmácia da Prefeitura. Queria fazer um apelo à secretária Joelma e ao prefeito para que olhassem com carinho a questão da farmácia, que descentralizassem seu atendimento. Hoje, a farmácia existe na Policlínica. Tinha que ter mais remédios nos PSFs. Já imaginou uma pessoa que consulta lá no Rio do Peixe e tem que ir lá na Policlínica pegar os remédios, às vezes já está doente e debilitado, o que torna difícil a busca do medicamento.
Precisamos repensar a descentralização da farmácia, colocar vários pontos de atendimento, informatizar para facilitar o acesso de quem necessita e precisa do medicamento. É lógico que isto significa investir em pessoal, remunerar de forma adequada os profissionais envolvidos e, acima de tudo, condições melhores de trabalho. O que não podemos ver são as pessoas menos favorecidas sofrendo para conseguir seus medicamentos, o que tem gerado reclamações. Já é hora de termos uma farmácia junto ao pronto socorro nos finais de semana. A pessoa é atendida e já sai com o medicamento. Isto é uma ideia que estou dando, uma sugestão para melhorar o atendimento daqueles que precisam. A distância da Policlínica dos postos de saúde, em alguns casos, é muito grande.
Agora, fazendo um comentário sobre política, acho que vivemos um momento de repensar a política que fazemos. Temos visto várias especulações sobre possíveis candidaturas sem a menor consistência, com as pessoas tratando a política sem a devida consideração e respeito. A política também como embate, inimizade e desavenças não devia ter mais espaço. Temos que ser adversários e, depois da campanha política, o eleito será o nosso prefeito. “O momento é de debater projetos e ideias”, concluiu o vereador.

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